Francisco Cezário volta a ser preso pelo Gaeco
O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, voltou a ser preso pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), nesta quarta-feira.
O Gaeco ainda não divulgou informações sobre a prisão, mas Cezário já foi levado detido em uma viatura policial. As informações iniciais são de que ele teria descumprido uma das ordens judiciais da liberdade concedida no dia 6 de junho.
Cezário deixou a prisão para ser internado por problemas no coração. Ele ganhou a liberdade com a condição de uso de tornozeleira eletrônica, proibição de contato com os demais acusados e testemunhas (eventual excepcionalidade deverá ser pontualmente avaliada pelo d. Juízo de origem por haver parentesco entre eles); proibição de ausência da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juízo natural; proibição de mudança de endereço sem a prévia comunicação ao Juízo de origem; proibição de comparecer à sede da FFMS; e suspensão, até que sobrevenha decisão judicial em sentido contrário, de qualquer função referente à Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.
A Operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco em maio, cumpriu 7 (sete) mandados de prisão preventiva, além de 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
A investigação apontou que os valores desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, no período de setembro de 2018 até fevereiro de 2023, superaram a casa dos R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).
No curso das diligências, a polícia apreendeu mais de 800 mil reais. O nome da operação, Cartão Vermelho faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.
Durante 20 meses de investigação, foi constatado que se instalou, na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, uma organização criminosa, cujo principal objetivo era desviar valores, sejam provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul (via convênio, subvenção ou termo de fomento) ou mesmo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros.
Fonte: InvestigaMS